28 dezembro 2006

Sondagem sobre o Aborto

Tomei a iniciativa de fazer uma sondagem o mais fiel possível sobre os resultados finais ao 2ºReferendo à Interrupção Voluntária da Gravidez no próximo dia 11 de Fevereiro de 2007. Sublinho, previsão baseada exclusivamente numa pura análise de extrapolação dos resultados eleitorais partidários das últimas eleições Legislativas (20 de Fevereiro de 2005).
À pergunta: «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»
32% dos votantes responde que NÃO
68% dos votantes responde que SIM

Devo confessar que fiquei verdadeiramente surpreendido, senão mesmo assutado, com estes resultados "fictícios". Nunca pensei que a balança pendesse tanto para um dos lados. Nestes quase nove anos volvidos desde o 1º referendo, o que mudou para que agora os resultados sejam bem diferentes?
Claro que sondagens valem o que valem, mas sempre servem como búsula de orientação para todos nós.
Ainda acredito numa vitória do Não. Não pela Vida como valor último e sagrado.

4 Comments:

Blogger Maria Machado said...

Não é razão para ninguem se entusiasmar, mas, no ultimo referendo, se não me engano, as sondagens tambem pendiam para o "sim"... e depois, talvez por medo e ignorancia das pessoas em saber que o voto é secreto, os resultados deram uma larga maioria ao "não".
Aproveito para salientar o significado da palavra escolhida na pergunta: "despenalização"... ao contrario de "legalização, que por sinal é bem mais abrangente e implicaria outros "custos".

2:08 da manhã  
Blogger Miguel Brito Valentim said...

Se as sondagens então (1º semestre de 1998)pendiam muito ou pouco para o Sim não me recordo.

Sei é que à altura os resultados reais do Referendo foram estes:

O NÃO teve 50,07% com 1 357 658 votos.

O SIM teve 48,26% com 1 308 607 votos.

Como podemos verificar existiu uma curta margem de vitória do NÂO de apenas 49 091 votos.

Serve para percebermos a importância real e decisiva do voto de cada um.

Mais espantoso ainda foi a abstensão que atingiu os 68,06%.

4:45 da tarde  
Blogger David Martins said...

Maria, medo de votar "Sim" quando o voto era secreto? Não creio.

Actualmente, existe medo é de defender o "Não" e assumir essa opção de voto, o que se reflecte nas sondagens. O "Sim" está na moda e nas conversas de café ninguém o contraria sob pena de ser apelidado de radical. Ironicamente os "Radicais" são os que defendem um direito consagrado universalmente.

É necessário elevar o tom, ser o porta-voz da ruptura.

Qualquer bocadinho acrescenta - Tudo, menos ficar parado.

2:31 da manhã  
Blogger Maria Machado said...

David, não duvides! muita gente não acredita bem ainda no voto secreto. e pensam que se votarem SIM, que vão ser associados ao aborto, e que poderão vir represalias por isso.
Já não sei precisar onde isso foi analisado (não com o tema do aborto... mas outro qualquer).

Não acho que a moda seja o SIM. geralemente está atribuido a pessoas impassiveis, sem o minimo de respeito pela vida... é o estereotipo.

10:03 da tarde  

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